Novos residenciais recebem visita de missionários e demonstram dificuldades

Divididos em duplas, seminaristas e verdadeiros missionários estão visitando os habitantes dos novos residenciais de Castanhal

Lectio Divina está sendo implantada nas novas comunidades 

pelos próprios moradores

Seminaristas da Diocese de Castanhal iniciaram o Ano em missão, pois estão desde o dia 7 de Janeiro em comunidades recentemente inauguradas pelo governo federal na cidade de Castanhal, localizadas nas regiões das paróquias de Cristo Jovem, Santa Teresinha, João Paulo II e Catedral.

Os jovens missionários e seminaristas evangelizam e organizam as novas comunidades, as quais em sua maioria são pessoas que advém de periferias e regiões carentes. As localidades ainda carecem de muitos serviços públicos, como escolas, postos médicos, entre outros. Segundo os missionários, casas (com cerca de 32 m²) chegam a abrigar famílias com mais de 10 pessoas. 

Para que a missão fosse de fato um envolvimento com a realidade da comunidade, os seminaristas optaram por se hospedarem nas residências das famílias nas respectivas áreas pastorais.

Apesar das adversidades encontradas, os jovens que estão fazendo a experiência são unânimes em afirmar que estão se enriquecendo muito com as visitas, levando a palavra e dialogando com a comunidade, além da busca por prevenção de situações de risco nas regiões pobres, como o tráfico e a prostituição, principalmente para a juventude, mais vulnerável a esses males e a possível violência que geralmente os acompanha.

“Há muitos jovens fora da escola, sem muita perspectiva de vida, alguns já são pais e mães, encontrando-se em situação de pobreza e carentes de atenção e afeto”, disse o seminarista Alex.

População reclama que residenciais não tem 

escolas nem postos de saúde.

Padres também tem acompanhando o serviço, pessoalmente ou através das notas que os seminaristas estão tomando, sobre as visitas. Constatou-se várias famílias que tem o desejo de batizar suas crianças, casais que querem casar-se na Igreja, entre outras situações. A ideia é que os grupos de Lectio Divina – que também tem sido apregoado na missão, sejam implantados e levados a diante pelas famílias.

As missões com os seminaristas permanecem até o dia 27 deste mês, mas seguirá com a ajuda de pessoas já engajadas nas paróquias e pelas próprias comunidades.

Perguntado sobre a nova área pastoral e sobre as Igrejas que deverão ser construídas nessas comunidades, o seminarista Alex concluiu; “As pessoas querem, falta alguém para ir, estar com eles e levar a Palavra”.


texto - Paulo Correa
Fotos - Arquivo Pascom Castanhal