Com voz suave, os sinos após o Glória continuaram tocando
louvores. Como após a surpresa de Maria Madalena ao encontrar o sepulcro vazio,
para depois o coração dela e dos apóstolos ficarem felizes e mais tranquilos,
mais calmos. Assim os sinos continuaram soando, no coração de cada um, para
dizer que o tempo de tristeza havia passado, que Deus é sempre conosco.
Com voz suave também na oração eucarística, centro da
celebração e do sacrifício pascal de Jesus, Dom Carlos entoou a oração
cantando, repetindo as palavras de Jesus, fazendo memória a Ele. O cordeiro,
que havia sido deixado no altar durante o ofertório, dormia tranquilo, sob o
suave canto do bispo e da assembleia. Estavam todos se sentindo acolhidos no
colo do Pai, que ama e que dá seu unigênito Filho em sacrifício, pelo bem dos
homens, para remi-los. O Espírito Santo, nas orações de cada um, fazia reviver
mais forte esta eucaristia.
Em tudo Ele estava presente, e é tarefa ingrata tentar
resumir algo tão belo quanto a celebração da vigília. Dela foram novamente
enviados, após renovar as promessas batismais, os filhos e filhas de Deus que
obtiveram perdão mediante o sacrifício de Jesus. Dela foram realimentadas
esperanças e o desejo de perseverar num mundo que parece em muitos sentidos,
cada vez mais ateu e cético. Dela se reforçou a necessidade de anunciar a
alegria do Evangelho, como pede o Papa e como sugere o lema de comemoração de
10 anos da Diocese de Castanhal.
Paulo Correa
Nenhum comentário:
Postar um comentário