No dia em que lembramos São Jorge, mártir da Igreja, uma denúncia a mais ecoa sobre a opressão que vivem os cristãos na Síria
Combatentes muçulmanos na Síria
estão exigindo que os cristãos se convertam ao islã. Caso se neguem, são
ameaçados de crucificação, como Jesus. Alguns cristãos se recusaram e já foram
crucificados pelos islamistas radicais. A denúncia foi feita nesta Sexta-Feira
Santa pela irmã Raghida.
A religiosa síria dirigia a escola
do patriarcado greco-católico de Damasco e hoje vive na França. Ela relatou à
Radio Vaticano que, “tanto nas cidades quanto nos povoados ocupados por
extremistas armados, os cristãos são obrigados a se converter ao islã ou a
morrer. Algumas vezes, eles pedem também um resgate para libertá-los”.
“Alguns deles sofrem o martírio de
uma forma extremamente desumana, com uma terrível violência que não tem nem
nome. Em Maalula foram crucificados dois jovens cristãos. Um deles foi
crucificado diante do pai dele. Em Abra, uma cidade industrial da província de
Damasco, houve casos semelhantes”.
Depois dos crimes, militantes
chegaram a cortar as cabeças dos cristãos assassinados e jogar futebol com
elas. Mulheres grávidas tiveram seus bebês arrancados do ventre e enforcados em
árvores com os próprios cordões umbilicais, declarou ainda a irmã Raghida.
Maalula, na periferia de Damasco,
foi cenário de duros combates entre o exército e os rebeldes durante meses, até
que as forças leais a Assad recuperassem o controle. Com 5.000 habitantes, o
povoado ainda fala e reza em aramaico, a língua de Jesus Cristo, transmitida de
pais para filhos. Hoje, a cidade é símbolo do martírio dos cristãos na Síria.
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