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14 de fevereiro de 2013

Missa dos Enfermos supera expectativas


Texto e Fotos - Paulo Correa


A cripta foi pequena para a quantidade de pessoas que vieram para a missa dos enfermos, no último dia 11. Quando já sobravam pessoas e faltavam bancos, a coordenação pediu que todos se dirigissem para a parte de trás da Catedral, para lá celebrarem. Foi inevitável  não pensar em todas as passagens do evangelho que contam dos doentes que curados carregavam seus leitos ou macas. Os mais jovens que acompanhavam começaram a levar as cadeiras, mas muitos idosos fizeram questão de ajudar, e assim, desde antes da missa, já se via a celebração da fraternidade entre eles.


Dia 11 de fevereiro é dia mundial dos enfermos, e o Bispo presidiu a missa para os enfermos da cidade de Castanhal. Antes da missa, enquanto uns ainda se acomodavam no grande circulo ao redor do altar, o povo já cantava um bonito bom dia, um bom dia aos irmãos, ao céu, ao sol... Um bom dia a vida. 
Missa iniciada, já nos ritos do ato penitencial, o Bispo fez uma pequena reflexão, pedindo as orações pelos que sofrem do pior mal: a doença que está na alma, ou o abandono e descaso dos familiares. Orientou os pedidos de perdão pelas vezes que deixamos a chama da esperança diminuir e que esquecemos que somos igreja.

Em sua homilia, Dom Carlos falou desde a criação: “No principio Deus fez o mundo, e tudo que criou foi perfeito... mas podemos nos perguntar – então para quê o sofrimento? Nós cremos que o mal não vem de Deus, pois Ele é o sumo bem. O pecado entrou no mundo pela desobediência, e assim entrou o sofrimento e morte, mas Deus não podia ver toda a sua criação fracassar, por isso veio até nós, como homem, participando do nosso sofrimento. Assim, Ele recria o Homem, faz o homem e o mundo novos”. Falou também sobre a aparição de Nossa Senhora em Guadalupe, a procissão de doentes que vaia até lá pedir milagres, e que muitas vezes sai curado, se não fisicamente, mas curado no espírito, aliviando seus sofrimentos.

“A procissão de doentes busca, ainda hoje, Jesus. O encontro com Ele acalma, ilumina. O que seria de nós sem Jesus?” disse.
No ofertório, o Bispo pediu a todos que erguessem seus lenços, oferecendo todo suor e lágrimas que haviam ali, e pedindo que o guardassem para rezar e continuar oferecendo a Deus, participando assim dos sofrimentos de seu Filho, Jesus Cristo. Muitos se emocionaram com este gesto.

Após a benção, foi partilhado um lanche pela pastoral dos enfermos, com a ajuda de alguns guardas da Romaria que estavam auxiliando desde cedo a organização da missa. Assim, encerrou-se a manhã abençoada do dia 11.




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